Henrique fez 8 meses {Sessão de família} | Bauru-SP
O mundo não para. Mas a gente pode parar um pouco. Nos dar tempo.
Hoje em dia, é tudo pra ontem. Há pressa em tudo. Há urgência em tudo. Mas o que é realmente urgente?
Fotografo vidas. E no tempo em que passo com as pessoas, eu me esforço pra fazer o tempo parar de correr um pouco. Sentir o cheiro, tocar, ser tocado. Ouvir o som. Sentir a paz. Confiar.
É tudo tão abstrato hoje, tão confuso… que só quando estou com pessoas tão maravilhosas, parece que meu mundo é outro totalmente diferente. Parece não: ele é. E é o mundo real. O meu mundo que eu tenho a maior alegria de compartilhar com você.
É onde abraços são definitivamente abraços. Onde beijos e carinhos são completamente sinceros. Onde compartilhar é genuíno. Onde aprender, é consequência mais do que perfeita.
Quando conhecer um ao outro é um exercício prazeroso de integridade da minha própria alma.
Eu vejo as pessoas na minha frente, e sempre as admiro. E quando elas me abrem as portas do coração para que eu entre, conheça e toque, eu me sinto no paraíso mais fascinante do mundo. E com estes três lindos, eu tenho aprendido muito isto. Pra que a pressa? Se um minuto olhando nos olhos uns dos outros, pode ser uma eternidade maravilhosa. Pra que correr, se hoje é nos dado de presente para que cada segundo seja um tijolinho dos próximos segundos. Porque cada abraço que damos hoje, são sementes que plantamos no coração do outro. Cada sorriso, é um caminho que abrimos para a alma do outro. E tudo isso é vida… e como diz Lenine na música “Paciência”, a vida hoje é cada vez mais rara.
Porque ela acontece justamente nestes intervalos que paramos um pouco, que aquietamos nosso coração para o outro. Que somos um, sendo juntos. Onde pensar no outro é o nosso próprio amor. Onde fazer o outro feliz, é a nossa própria felicidade.
A maior raridade dessa vida é quando encontramos paz em fazer a paz no coração do outro. Isso não tem preço. Mas pra isso, precisamos entender que o amor não é reter tudo o que nos alegra pra nós mesmos, mas dar tudo o que nos faz bem, para o outro. Nessa fração de segundo, que tocamos, olhamos, sorrimos, abraçamos, entregamos é quando se encontra a maior riqueza da nossa alma: a possibilidade de viver intensamente além de nós mesmos. É infinito. Ao passo que dentro de nós, temos muitos limites.
Abra portas. Abra caminhos. Derrube os muros que cercam seu próprio coração. Deixe a luz entrar. Deixe a sua luz iluminar. Faça do coração do outro um lar adornado com o melhor que você pode ser. Faça crescer. Ensine o que sabe. Multiplique.
Você é raro nesta terra. E só você pode fazer o melhor de si mesmo para o outro.
Ju, Fer e Henrique, vocês são joias raras que, com tantas outras magníficas que Deus me traz, fazem do meu coração um palácio. Obrigada por me ensinarem tanto.